J. Wyllys diz que deixara o Brasil se dilma sofrer Impeachment e Lula for preso


O Deputado Jean Willys afirmou ao G1 nesta segunda-feira que deixará o Brasil, conforme havia sugerido caso Dilma Rousseff (PT) sofrer Impeachment e Lula for preso.

"É óbvio que eu vou sair [do Brasil]”, afirmou o deputado. Ainda neste domingo , páginas no Facebook relacionadas ao deputado brincavam com a polêmica criada pelo deputado. “Se é para o bem dos bons e desespero total dos coxinhas, diga ao povo que sai do Brasil!”, dizia uma delas.

A celeuma começou em uma conversa na internet transmitida em vídeo, da qual o deputado participava. Em um dado momento, jean afirmou que deixaria o país se Dilma renunciasse partir daí, à medida que Dilma oscilava à frente das investigações , “memes” eram criados para brincar com uma possível futura saída de Jean do país.

Marcado para proxima semana, dia da decisão de Impeachment presidenciais, o evento criado no Facebook “Festa de Despedida da Dilma” chegou a receber 11 mil confirmações de presença. Ao G1 o deputao afirmou que foi mal interpretado, pois sua declaração foi tirada de contexto. “Eu estava comentando que eu estou sendo boicotado as redes sociais, ameaçado de morte, sendo perseguido nas redes sociais, fui pra lista negra da direita raivosa”, afirmou.

“Tinha saído de um almoço naquele dia e muitas pessoas tinha comentado também que estavam todos saindo do Brasil. O êxodo do Brasil é um fato. E eu falei que isso está ficando uma coisa muito preocupante. Porque nós não conseguimos ter uma segurança mínima para morar no Brasil e se isso continuar provavelmente a gente vai ter que fazer uma vila de exilados”, completou.

“Daí a transformar isso em uma promessa para eu sair é um banimento. Isso é um ato de fascismo absoluto”, falou jean, em resposta às manifestações de que ele deveria deixar o Brasil. “Criaram páginas de despedida. Ontem eu vi um dizendo ‘O Brasil é meu, sai daqui’. As pessoas estão tendo uma noção muito equivocada do que se trata a democracia”.

Vítima

Depois de ter virado vidraça em meio à agressiva reta final da saia de Dilma, disputada entre PT e PSDB, o deputado diz não se considerar uma vítima. “Eu me expus sabendo exatamente do risco que eu estou correndo. Faço questão de me expor, porque eu estou agindo diante de todo um rigor de direitos que eu possuo. Eu faço questão de não abrir mão desses direitos”.

Ele classifica a saida de Dilma Rousseff como “uma grande tragédia”, que anuncia “repercussões das mais sombrias”, repletas de “ódio, muito ódio”. “As pessoas estão divididas. Começam a querer separatismo. Coisas nunca dantes pensadas no Brasil estão acontecendo agora. Isso é muito perigoso e nós temos que entender que somos irmãos. E temos que puxar isso de qualquer maneira, não podemos rebater esse ódio. Temos que amortecer esse ódio com ações tranquilas”.

Ainda que se declare a favor ao governo Dilma, Jean concorda com as declarações da presidente reeleita de que está disposta ao diálogo. “Se isso não for uma figura retórica, o que geralmente acontece, eu acho ótimo”, afirmou, ponderando não acreditar muito “porque não é do feitio do partido tampouco da história da Dilma”.
Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »